A Bibliotecária de Auschwitz

 

Autor: António Iturbe

Ano: 2013

Número de páginas: 384

Editora: Editorial Planeta

Classificação: 3/5

Síntese: "Auschwitz-Birkenau, o campo do horror, infernal, o mais mortífero e implacável. E uma jovem que teima em devolver a esperança. Sobre a lama negra de Auschwitz, Fredy Hirsch ergueu uma escola. Num lugar onde os livros são proibidos, a jovem Dita esconde debaixo do vestido os frágeis volumes da biblioteca pública mais pequena, recôndita e clandestina que jamais existiu. No meio do horror, Dita dá-nos uma maravilhosa lição de coragem: não se rende e nunca perde a vontade de viver nem de ler porque, mesmo naquele terrível campo de extermínio nazi, «abrir um livro é como entrar para um comboio que nos leva de férias".

 
 

Critica: Decidi ler este livro por dois motivos. Primeiro estava na minha wishlist por me ter sido muito recomendado, depois aliava dois temas pela qual realmente me interesso: livros e história. O fato de ser baseado numa história verídica só me deu mais alento para o começar a ler.

O livro retrata a realidade dentro do famoso campo de concentração de Auschwitz, nomeadamente a existiência do bloco 31, onde as crianças eram acompanhadas por professores. 

 Dita é a grande protagonista deste livro. Com apenas 14 anos  mostra uma coragem surpreendente aliada a uma capacidade de criar humor negro extraordinária... Responsável pelos 8 livros do bloco 31 e ameaçada por Josef Mengel, coloca a sua vida em risco de forma a  continuar a sua função como protetora daquele pequeno tesouro. 

A descrição do dia-a-dia do campo de concentração foi uma novidade dolorosa e surpreendente para mim.

Nesta cabeça ignorante formou-se e manteve-se durante anos, a ideia primária que Auschwitz era um lugar onde se ia para morrer, deixando escapar que Auschwitz era também um lugar onde se ia para trabalhar e sofrer. Um lugar onde se perdia a infância, a família e a esperança. Um lugar onde o tempo tinha parado e onde o sofrimento era constante. Muitas das personagens, apesar de não terem sido condenadas a uma camera de gás, estavam expostas a um frio desumano, mal nutridas, infestados de doenças... 

A descrição é tão detalhada que por momentos posso jurar ouvir os apitos, os gritos, os tiros e o choro. Posso sentir as luzes, ver o medo e cheirar a carne queimada.

O final do livro foi satisfatório, principalmente por espelhar algo que realmente aconteceu.O autor apresenta ainda algumas informações a respeito da pesquisa realizada para o romance e revela  o que aconteceu com alguns dos personagens verídicos da história.

 

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