A Cidade das Almas Perdidas

Título:  A Cidade das Almas Perdidas

Autor:  Cassandra Clare

Ano:  2012

Número de páginas: 384

Editora: Editorial Planeta

Classificação: 4/5

Síntese: “O demónio Lilith foi destruído e Jace liberto do cativeiro. Quando os Caçadores de Sombras chegam, porém, nada encontram além de sangue e vidros partidos. O rapaz que Clary ama, desapareceu, bem como o que odeia: o irmão, Sebastian, que está determinado a vencer os Caçadores de Sombras. A magia de Clave não consegue localizar o paradeiro de nenhum dos jovens, mas Jace não pode ficar afastado de Clary. Quando se reencontram, Clary descobre o horror causado pela magia de Lilith. A Clave está determinada a destruir Sebastian, mas é impossível atingir um dos rapazes sem destruir o outro."

Critica: 

Mais um livro em que Cassandra nos presenteia com um ligeiro sadismo.- Coitadinho de Jace- não há um só livro em que o rapaz tenha um bocadinho de paz. Quando finalmente se vê livro da possessão de Lilith, Sebastian rapta-o e liga-o a ele, de forma a que tudo o que um sente, o outro sente. E claro como boa instituição, a Clave está determinada a destruir Sebastian sem pensar nas consequências, nomeadamente no risco da morte de Jace.

Apesar do ódio de Jocelyn por Sebastian (ou Jonathan, como queiram) ser justificado, tive que lutar contra mim mesma nos livros anteriores para não sentir pena dele, perante o ódio e o nojo que a própria mãe sentia por ele, principalmente quando neste livro lhe pede desculpas por não o ter morto quando nasceu. Isto doeu-me de ler. Já ele  acusa a mãe de não o ter amado o suficiente e o ter salvo. Caso ainda não seja óbvio, Jocelyn irrita-me. A proteção exagerada em relação a Clary é ridícula, senão hipócrita. O seu próprio possicionamento em relação à sua relação com Luke, o seu passado com Valentine e o namoro de Jace e Clary são descabidos e infantis.

 Neste livro Sebastian  adquire um tom tão misterioso, que inegavelmente nos prende a ele, ao ponto de desejar que todas as suas monstruosidades sejam perdoadas pelo terror da sua educação/infância, e surge ainda uma ligeira esperança que este se revele um bom homem. (sad face)

Já Clary vive da sorte tipica de vitima protagonista: mesmo quando o final do mundo parece aproximar-se velozmente de todos, consegue escapar imune de ter infringido as  leis da Clave, de ter desrespeitado as ordens da mãe e de escapar all the fucking time, aos perigos que se vão atravessando no seu caminho. Melhor:  ainda se consegue divertir como uma adolescente (quase) normal e conhece cidades como Veneza, Praga e Paris.

Simon e Alec são provavelmente os meus dois personagens preferidos. São os dois personagens que de livro para livro evoluíram extraordinariamente, mostrando que a força individual não se revela de igual forma em todas as pessoas. Também passamos a conhecer melhor Isabelle , e descobrimos o motivo desta ser tão independente, forte , e implacável com o sexo oposto.

O final do livro tem um sabor agridoce: a desilusão de mais uma vez ver o romance ser adiado em prol de mais uma “maldição” e a curiosidade pela nova investida diabólida de Sebastian.

Ultima livro da saga: Estou pronta!!