Casa de Férias com Piscina

Autor: Herman Koch

Ano: 2016

Número de páginas: 400

Editora: Alfaguara

Classificação: 8/10

Síntese: Numa extravagante casa de férias com piscina no Mediterrâneo, a convite do célebre actor e amigo Marc Meier, o reputado  cirurgião dos famosos doutor Marc Schloss passa férias com a sua família. Entre dias de sol, idas à praia e provas de vinho, algo de terrível acontece e o idílio das férias depressa se transforma num pesadelo.. Antes de o bronze dos protagonistas desaparecer, Marc Meier morre na sequência de uma intervenção executada pelo doutor Marc Schloss. O cirurgião vê-se obrigado a defender a sua reputação perante a Ordem dos Médicos, que o acusa de negligência médica e o questiona sobre o  que realmente aconteceu na sala de operações - e naquelas férias. Terá Marc Meier sido vítima de erro médico? Ou terá sido assassinado?

Critica: Mal este livro saiu no ano passado decidi que  tinha de o ler. Anteriormente li "O Jantar" do autor e fiquei tão impressionada que jurei a mim mesma ler tudo o que ele fosse publicando. Infelizmente o meu tempo e orçamento foram intrusos neste amor platónico e só agora,passado um ano, tive oportunidade de o ler. E ainda bem que o fiz. 

 Este livro, tal como o anterior, é repleto de mistério mas também de provocação assente na fragilidade  humana. Desde troçar com o estilo de vida dos pseudo artistas ,a revelar a  indiferença dos médicos para com os pacientes, a escrita de koch é incansável. Temas como a familia, a infidelidade, a mentira e a perda de inocência são tratadas de forma tão sutil , que apesar de as querer revelar ao mundo, não se acha senhor de as julgar, escapando sempre que pode ao politicamente correto. As personagens são bem construidas e a narrativa repleta de plot twists. A escrita de Herman Koch continua deliciosa. Para quem, como eu, gosta de escrever, sabe como é dificil prender o leitor logo na primeira página. Herman faz isso como poucos o fazem hoje em dia.

 Um bom livro para quem gosta de refletir sobre o lado lunar que todos temos, numa leitura completamente imprevisivel.