Cidades de Papel

Título: Cidades de Papel

Autor: John Green

Ano: 2007

Número de páginas: 344

Classificação: 4/5

 

 

Síntese: Quentin Jacobsen e Margo RothSpiegelman são vizinhos e amigos de infância, mas há vários anos que não convivem de perto. Agora que se reencontraram, as velhas cumplicidades são reavivadas, e Margot consegue convencer Quentin a segui-la num engenhoso esquema de vingança.

 

Critica: Acredito que é muito difícil as pessoas mudarem, e no caso dos escritores, pior ainda. Há um íman que carregam dentro deles, e que os aproxima involuntariamente, para dentro de si. E acabam por muitas das vezes cair na repetição. 

Tal como me acontecia muitas vezes a ler Dan Brown, quando comecei a ler o Cidades de Papel, tive a sensação de já o ter lido, ainda que nunca antes o tivesse aberto. A questão é que tanto a caracterização das personagens, como o meio envolvente jovial, e a própria sequência da história (que apesar de leve e humorística, possui sempre uma carga de assuntos como o suicídio, a vida a morte, e os sofrimentos/desilusões de uma adolescente imprevisível) tornam-se bastante repetitivos, não deixando espaço para uma agradável surpresa.

Apesar disto, não nego que algo na forma como enumera as situações, cria e distribui pormenores absolutamente minuciosos e engraçados às diferentes personagens e às suas relações, contribui em muito, para que seja um escritor cada vez mais conhecido e em rápida ascendência.

No Cidades de Papel, mais uma vez a personagem principal , Quentin, é um rapaz adolescente que passa despercebido na escola, adora a rotina e a estabilidade, e tem 2 amigos bastante peculiares. Este nutre uma paixão platónica pela sua amiga de infância/vizinha, Margo, que mais do que misteriosa , é uma das raparigas mais bonitas e populares da escola que ambos frequentam. Após ter vivido uma noite de aventura com Margo, esta desaparece. E a história desenrola-se a partir daqui , com Quentin a tentar a todo o custo encontra-la, deparando-se diversas vezes com a possibilidade da sua morte.

 O escritor desmitifica a ideia de “mulher perfeita” e mostra o erro que muitas vezes se comete, ao idealizar uma determinada pessoa, distorcendo-a de acordo com as nossas expetativas, sem dar espaço para enxergar que somos todos humanos. E cometemos erros. E cheiramos mal. (Às vezes.)

A forma como o autor retrata pelos olhos do protagonista as imagens mais sinistras , descrevendo-o a  imaginar o cadáver de Margo, por exemplo, é de fato bizarro, chegando a roçar no assustador. Atrás de um escritor de livros para jovens esconde-se um psycho? Maybeeee. 

Os capítulos finais do livro são de fato, os melhores. Surpreendentes, emocionantes, tanto nos apertam o estômago , como nos faz sorrir. 

 

 

 

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