O Projeto Rosie

 
 

Autor: Graeme Simsion

Ano: 2013

Número de páginas: 336

Editora: Divina Comédia

Classificação: 3/5

Síntese: “Don Tillman está noivo. Mas ainda não sabe de quem. Professor de Genética e pouco sociável, decide que chegou o momento de arranjar uma companheira, e elabora um questionário que irá ajudá-lo a encontrar a mulher perfeita.Quando Rosie Jarman aparece no seu gabinete, Don assume que ela pretende concorrer ao "Projeto Esposa" e penaliza-a por fumar, beber, não comer carne e ser pouco pontual. Mas Rosie não ambiciona tornar-se a Sra. Tillman. O seu objectivo é recorrer ao profissionalismo de Don, para que ele a ajude a encontrar o seu pai verdadeiro.. “

 
 
 

Critica:

Don é um cientista solidário que para além de sabichão, possui uma memória excecional, mantém um vício em rotinas e vive num pensamento minucioso a roçar a obsessão. Com grandes dificuldades na interação social, Don é considerado frio e incapacitado emocionalmente. Semelhante ao incrível Sheldon Cooper da série The Big Bang Theory, na personalidade, excentricidade, narcisismo e paixão pela ciência, torna-se exagerado e difícil de não nos cansar/irritar. Aliás, confesso que o início do livro me cansou muito rapidamente. Considerei mesmo desistir do livro, mas no último segundo decidi dar-lhe uma oportunidade.

Um dos aspetos positivos é o fato do protagonista ser o narrador e o livro fluir num ritmo rápido e num  tom claro, leve e divertido.No entanto, só a mais de metade do livro comecei a apreciar-lhe o gosto.

 A personagem de Rosie é bastante  interessante e revela a Don uma realidade diferente da sua, imprevisível, divertida, e nem sempre coerente com a sua personalidade.

 Ao longo do livro é visível a competição entre a lógica e a sensatez, entre as emoções e a felicidade, e é aí que reside o seu encanto.

O final do livro está repleto de reviravoltas que nos entristecem e alegram com uma rapidez estonteante. Porém esperava muito mais do livro, e talvez por isso não tenha ficado satisfeita. 

 

Nota: A imagem que segue é a capa brasileira da Editora Record. Infelizmente a portuguesa é, à falta de um sinónimo que lhe faça jus, feia que dói.