O Teorema de Katherine
Título: O Teorema de Katherine
Autor: John Green
Ano: 2014
Número de páginas: 272
Editora: Edições Asa
Classificação: 3/5
Síntese: Desde que tinha idade suficiente para se sentir atraído por uma rapariga, Colin, ex-menino prodígio, talvez génio matemático, talvez não, saiu com dezanove Katherines. E todas o deixaram. Quando a 19º katherine acaba com ele, decide inventar um teorema que prevê o resultado de qualquer relacionamento amoroso, e evitar, se possível, ter o coração novamente destroçado.
Critica: O segredo do sucesso dos livros de Green (mais do que a leitura leve) é de fato a particularidade dos detalhes excêntricos das personagens. Apesar da personagem principal ser mais uma vez um jovem magro, particularmente impopular (principalmente com as raparigas), são os (poucos) amigos que o protagonista consegue fazer, e a rapariga pela qual se apaixona, que realmente fazem a diferença. Ao contrário dos outros livros de Green que li, este (finalmente!) não contém nenhuma tragédia pelo meio.
Este livro conta a história de como um rapaz que é constantemente deixado pelas namoradas chamadas Katherine, se sente perdido, e não só porque as amava, mas sim, porque elas lhe relembram que não é bonito, nem interessante, nem um génio o suficiente para se destacar dos outros todos. Limita-se apenas a ser um rapaz prodígio( o que é muito diferente de génio), que fala uma série de línguas, incluindo latim e grego, e que tem como vicio, fazer anagramas com tudo e mais alguma coisa. Depois de ter sido deixado pela última Katherine e ter caído num estado depressivo patético, o seu melhor amigo, um muçulmano e génio matemático, gordo e preguiçoso, convence-o a saíram de Chicago e a aventurarem-se numa viagem de carro sem destino.
A história desenvolve-se entre as memórias de Colin em relação a si mesmo e às ex-namoradas, e à viagem em si. Por outro lado, as personagens completam-se de uma forma extraordinária: apesar das constantes e deprimentes questões egocêntricas de Colin, a personagem hilariante de Hassan foi uma escolha inteligente de Green que equilibrou bastante o livro.
As notas de rodapé simulam uma leitura aconchegante como se o próprio Green estivesse ao nosso lado a comentar a história. Para quem gosta de matemática, é de fato interessante analisar no final do livro, todo o processo da criação do teorema que pretenderia prever se uma relação resultaria, ou não.
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