O Tribunal das Almas

Autor: Donato Carrisi

Ano: 2012

Número de páginas: 424

Editora: Porto Editora

Classificação: 5/5

Síntese: “Marcus é um homem sem passado. A sua especialidade: analisar as cenas de crime para reconhecer o Mal nos pequenos detalhes e solucionar homicídios aparentemente perfeitos. Há um ano, foi gravemente ferido e perdeu a memória. Hoje, é o único que poderá salvar uma jovem desaparecida.

Este peculiar investigador enfrenta, porém, um desafio ainda maior: alguém está a usar o arquivo criminal da Igreja para revelar a verdade sobre crimes nunca oficialmente resolvidos. Assassinos são colocados perante os familiares das vítimas. Será, passado tanto tempo, saciado o desejo de vingança? Passarão os inocentes a culpados? Ou será, finalmente, feita justiça?”

 
 
Critica:

Fã assumida da escrita deste autor desde o "Sopro do mal", decidi ler este livro que já estava na minha wishlist à algum tempo. As primeira páginas abrem-nos imediatamente a porta para um mundo estranho de mistério, assassínio, morte e desaparecimento. A escrita é simples, e as personagens não são despidas em profundidade, caracterizadas apenas pelas suas ações.

 O enredo está organizado cronologicamente, e  vai avançando e recuando horas/dias/anos ao longo do livro. O cruzamento dos pensamentos de diferentes personagens, em diferentes países,em diferentes anos, tanto servem para confundir o leitor como intensificar a curiosidade.

 O autor segue uma linha de reflexão filosófica sobre o ser humano e o mal, e o fato da história se passar maioritariamente em Roma, abre-nos a porta para o mundo que aquela cidade é. Devo dizer que sem saber bem porquê, associei a  abordagem das questões religosas e artisticas com a  a escrita de Dan Brown. 

Gostava de poder falar mais sobre o misterioso vaticano e o tribunal das almas, mas se há coisa que detesto são spoilers, e seria chato estragar-vos as surpreentes revelações ao longo da leitura... É fantástica a quantidade de coisas que se aprende com um livro, seja de qual genero for!

Apesar de não poder comparar este livro ao "Sopro do mal", de todos os escritores de thriller que tenho lido, Donato é definitivamente o mais habilidoso no que se refere às reviravoltas do enredo. Os finais são  sem exceção de nos deixar de boca aberta. Damos por nós a pensar "como é que não somei 2+ 2?" As vitimas nunca são totalmente vitimas, os culpados nunca são quem apostariamos a própria vida que fossem. 

 

Este é um daqueles livros que se consome num par de dias.

Recomendo!

 

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