Kill Your Darlings

Realizador: John Krokidas

Elenco: Daniel Radcliffe, Dane Dehaan, Michael C.Hall

Ano: 2013

Duração: 104min.

Pontuação: 5/5

Sinopse: " Enquanto frequenta a Universidade de Columbia em 1944, a vida do jovem Allen Ginsberg é virada de cabeça para baixo quando este coloca os seus olhos em Lucien Carr. Carr leva Ginsberg a um mundo boêmio e apresenta-o a William Burroughs e Jack Kerouac. Com aversão às regras e à conformidade, tanto na vida quanto na literatura, os quatro concordam em despedaçar a tradição e fazer algo novo, acabando por formular os dogmas e dando origem ao que se tornou o movimento Beat. Do lado de fora, a observar, está David Kammerer, um homem na faixa dos 30 anos e desesperadamente apaixonado por Carr. "
 
Critica: Nunca é fácil passar para o ecrã a  genuidade de uma história verdadeira. E é de fato, saber que o que estamos a ver realmente aconteceu, que torna tudo ainda mais incrível( e as nossas expetativas ainda mais altas).
Se a história em si, me cativou mal li a sinopse, o argumento conquistou-me passado uns minutos de carregar no play. 
Repleto de constantes referências literárias, desde o genial Walt Whitman, a James Joyce, e a Yeats, este é definitivamente um filme para os amantes da poesia.

E se gosto de ler poesia...Este filme, fez-me senti-la. 

Com o peso de uma Guerra Mundial, o talento desgraçado das personagens, e uma rotina de excessos, o filme encobre muitas questões chave, algumas que ainda hoje teimam em ser tabu.

É um daqueles filmes, que quando acaba, nos obriga a ir investigar mais sobre tudo. E grande parte devido ao elenco. Desde o talentoso Michael C. Hall (protagonista da série Dexter), às interpretações do lindissímo Dane DeHaan e  do Jack Huston (American Hustle),que fazem com que nos sintamos parte daquele grupo. Já o protagonista, interpretado por Daniel Radcliffe, corrompeu-me positivamente. Nunca pensei que o pequeno Harry Potter fosse tão bom ator.

À medida que o filme se descortinou , a minha admiração saudável pela personagem do Lucien transformou-se num horror crescente        (ainda que acompanhado por alguns tragos de compreensão). A verdade é que a questão do peso da culpa em sequência da sua homossexualidade, transformou a vida daquele grupo de miúdos. 

Ainda assim, este conseguiu desfrutar de uma vida cheia, casando-se por duas vezes e tendo 3 filhos.

Já Allen Ginsberg, que faleceu em 1997, tornou-se num dos poetas mais galardoados da história americana, e dedicou a sua primeira obra publicada a Lucian, que em resposta lhe pediu para que o seu nome fosse retirado nas edições seguintes. Asshole.

Recomendo!

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