V for Vendetta

 
 

Realizador: James McTeigue

Elenco: Hugo Weaving, Natalie Portman, Rupert Graves

Ano: 2005

Duração:

Cotação: 4/5

 

 

Para quem não conhece este filme, ou nunca ouviu falar, o V for Vendetta é um filme de ação/ thriller, inspirado na BD de Alan Moore e David Lloyd, que retrata uma Londres futurista, onde o poder politico se veste de um fascismo que trata de eliminar qualquer opositor. Como personagem principal e herói distorcido, temos um revolucionário anarquista escondido na máscara de Guy Fawkes, e, que através de  uma campanha elaborada e violenta , pretende  assassinar os seus captores, acabar com o governo e ainda convencer o povo a governar-se a si mesmo. Confrontando-se ao longo da história  com  a jovem Evey Hammond (Natalie Portman), que trabalha no único canal televisivo,também ele controlado pelo governo.

 

 

Ora bem, este é um filme que eu já andava para ver à uma mão cheia de anos, e que acabei por  ver num destes dias. 

Apesar de já 'conhecer' a história e já ter ouvido por aí comentários sobre o filme, não quis ver o trailer por 2 motivos: primeiro, muitas das vezes o trailer é tão mal elaborado que nos faz acreditar que o filme é uma miséria, por outro lado, existem trailer's que anunciam a história toda,  mesmo como quem diz : toma! Agora já sabes que ela é atropelada e não fica com ele!

Adiante.

Confesso que a minha curiosidade à cerca deste filme  provinha  mais da performance da Natalie (uma das minhas atrizes preferidas) do que propriamente pela história, ou o mediatismo que o filme obteve. 

A Natalie esteve bem como sempre está, e no entanto senti que lhe faltava algo. Não à atriz, mas  à personagem. Esperava um outro tipo de mulher. Para uma personagem mais ou menos central e presente, considerei-a muito insossa. É salva pelo V uma dúzia de vezes, e ainda assim continua uma mulher comum tentando apenas sobreviver. Fiquei desiludida. 

Os momentos favoritos foram provavelmente o inicio do filme , aquando do enforcamento do Guy Fawkes e o comentário sobre a importância e a imortalidade  das ideias,  e a leitura da "carta" encontrada na "prisão", que relata a história de uma prisioneira que fora condenada à morte e que regista em algumas linhas a sua vida. Gostei ainda do efeito visual que o final do filme me provocou -a união de todas aquelas pessoas por uma causa, a sua liberdade-. Sou fã de filmes que quando acabam, nos dão espaço para a reflexão critica. Este deu.

Às vezes é bom não esquecer que a liberdade não é um dado adquirido. 

Há que lutar todos os dias para não a perdermos.