The Sopranos

Realizadores: David Chase 

Elenco: James Gandoldini; Lorraine Bracco, Edie Falco 

Anos de exibição: 1999–2007

Temporadas: 6

Duração dos episódios: 55 min

Pontuação: 5/5

Sinopse: Série dramática e intimista que narra o quotidiano de Tony Soprano, (chefe da máfia de New Jersey) e da sua disfuncional família.

 
 

Critica: Acabei agora mesmo de ver o último episódio, e depois de um mês a consumir as seis temporadas, tenho que dizer que é uma das melhores séries, senão a melhor, que já tive o prazer de ver.

Comecei a ver a série  sem preconceitos ou expectativas por aí além e o primeiro episódio  captou logo a minha atenção e ganhou o meu interesse e respeito.  A duração dos episódios era perfeita, e os cinquenta minutos permitiram-me analisar a performance (incrivelmente talentosa) dos atores, e desfrutar de um o enredo fantástico, sem a ansiedade do tempo a escassar.

 A cereja em cima do bolo é o argumento, um dos melhores que já tive a oportunidade de apreciar. A visão de um chefe de família com raízes italianas, mafioso, infiel, traumatizado devido a uma mãe , no mínimo, dificil, e com um historial de problemas mentais como ataques de pânico e depressões, é no mínimo, uma lufada de ar fresco. Sim, o ponto alto da série não são as situações sangrentas e os dilemas profissionais dos mafiosos, mas sim o aspeto psicológico das personagens, nomeadamente a de Tony. 

Convém recordar que a série estreou à dezasseis anos, num tempo muito diferente do que se vive nos dias de hoje. As séries não faziam o furor que fazem atualmente, e raras eram as séries de drama com qualidade.

Em Sopranos, a quantidade de personagens é tão grande, que o fato de todos eles terem uma grande importância  e o fato da performance de todos eles ser tão dedicada, é mais um dos fatores que tornam a série acima da média.

 É muito dificil escolher as personagens que mais se destacam.. Pessoalmente, as minhas personagens preferidas são a Livia (a mãe de Tony), o Junior (o tio de Tony) e sem dúvida  Paulie (um dos mais velhos amigos mafiosos de confiança de Tony). Há uma quantidade infinita de pormenores nas caracteristicas destas personagens que me conquistaram a cada episódio que via. Já o protagonista é inesquecível... A coerência e arrojo na construção de Tony Soprano é uma obra prima, seja pela qualidade do roteiro, seja pela qualidade do ator (James Gandolfini).

Em relação à máfia, quando vemos/começamos a ver os Sopranos, é impossível não compararmos  à ideia que criámos com os filmes do Padrinho. Figuras ricas, poderosas, inegavelmente bem apresentadas. O retrato que a série faz da máfia é muito mais do que essa ideia. São os “mafiosos por detrás da máfia”, se é que isto faz sentido. É o seu dia-a-dia quase vulgar, nas suas camisas e fatos de treino manhosos, nos seus problemas pessoais  e até mentais.

Nesta série, o  "glamour" da máfia desaparece para dar lugar a um lugar comum que todos partilhamos. O da realidade. Talvez seja isso que me tenha realmente conquistado.

Sobre o último episódio, há quem tenha apreciado, há quem tenha detestado. Eu senti apenas o sabor agridoce de ter noção que uma coisa de que gostava  tinha chegado ao fim de uma forma tão abstrata que criava a ilusão de não ter terminado.

Recomendo. Muito.

 

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